"O ninho está completo. Seus filhos são seu orgulho, fonte de energia, motivo que o fortalece para conquistar tudo e ser o provedor de toda necessidade deles. São seus filhotes. Em momento algum pensou que estavam crescendo - aliás se negou a ver que um dia eles poderiam ter sua própria vida, serem livres. Soltar de sua mão e voar. Esse momento está prestes a chegar e você o que vai fazer, por quem vai viver e se sacrificar agora? O chão parece fugir de seus pés. O controle está escapando por entre os dedos. Uma terrível sensação de inutilidade e abandono toma conta de seus sentimentos - a sensação de Ninho Vazio". Luiza Gosuen
Quem já passou por essa situação e sentiu esse sentimento de insegurança, conhece bem o que é a Síndrome do Ninho Vazio. Os pais, nesse momento sentem uma profunda tristeza, um sofrimento que aperta o coração e os leva muitas vezes a crises profunda de depressão por se sentirem abandonados e que não serão mais úteis.
É um sentimento de perda - estou perdendo meu filho para a faculdade, para a profissão, para a esposa- e muitas vezes, esse sentimento domina o pensamento chegando a causar desespero, com crise de choro, insônia, falta ou aumento do apetite e então é preciso tratamento médico e psicológico.
Normalmente, acontece mais com as mulheres por estarem mais tempo com os filhos, envolvidas com seus problemas e dificuldades, mas também com os homens que estão sempre presente na vida dos filhos e por aqueles que tomaram a frente do relacionamento em decorrência de uma viuvez ou separação.
Estamos falando de sofrimento que adoece e não de sentir saudade dos filhos, o que é normal quando eles vão passar um tempo fora, mas agora é uma situação prolongada ou definitiva. Por exemplo, vai mudar para um país distante a trabalho sem previsão de quando poderá retornar. Outra situação comum é ir para uma faculdade em outro país e que ao se formar poderá ficará por lá. E uma outra situação é quando os filhos vão se casar, que além de trazer sofrimento do filho sair de casa, tem ainda o ciúme (geralmente mais sentido pelas mães) de ter uma outra pessoa que irá "ocupar" seu lugar..."vai tomar meu filho de mim". Para alguns, isso parece bobagem, porém para quem está com essa síndrome isso não é brincadeira, precisa atenção e cuidado.
Caso do filho único
Um sofrimento peculiar, já que nesse caso tem apenas um filho no ninho. Pode acontecer com maior frequência entre as mulheres - algumas por não trabalharem fora de casa e por estarem sempre em mais contato com o filho desde os primeiros cuidados, em atividades escolares ou em contato com brincadeiras entre amigos - do que com os homens, porém temos relatos de acontecimentos assim entre alguns homens, principalmente quando o pai tomou a frente no comando geral da família por motivos variados como a guarda do filho, separação do casal, viuvez, doença crônica da esposa etc.
Não queira cobrar que seu filho tenha o mesmo comportamento e atitudes que você, até porquê num mundo onde tudo muda a cada dia, seu filho deve estar preparado para a competição que a vida moderna exige. Não jogue todas as suas expectativas sobre ele, nem pense que irá precisar cobri-lo de cuidados o tempo todo. Ele já cresceu e você o educou para a vida. Agora é a hora de deixá-lo seguir em frente.
Uma maneira de amenizar essa solidão quando o filho sai de casa é voltar-se para si e ver o que deixou de fazer por si mesmo todo esse tempo e procurar recuperar sua alegria com coisas que lhe dê prazer. Vai notar que não passará o dia pensando e se entristecendo e até sua saúde vai agradecer e quando perceber vai notar que seu filho está feliz, seguindo uma vida normal e realizada e que não deixou de amar você. Caso precise de apoio para iniciar esse processo, procure por um psicólogo que irá ajudar com seus conflitos emocionais.
Sintomas mais comuns
Não consegue lidar com a situação e sente que tudo está ruim, se fecha em si mesmo e quer que as pessoas sintam pena de você. Se isola, fica desanimado, chora com facilidade, reclama de tudo. Qualquer coisa que aconteça é motivo para descontentamento, para se irritar e se sentir infeliz.
Algumas pessoas ficam agressivas com os outros por achar que eles não estão se importando com o sofrimento que está passando e algumas vezes , retorna essa agressividade para si, se isolando, não se alimentando adequadamente, exagerando no álcool ou no cigarro.
Os conteúdos emocionais ficam abalados, com autoestima baixa, depressão, insatisfação e dependência afetiva, tornando sua vida e a das pessoas próximas intolerável por achar que só o seu problema importa.
Tratamento
Existe casos mais graves, onde os pais - ou um deles - até torce para que o filho não se de bem na nova situação que escolheu e que volte para casa, para seu colo e seus cuidados. Essa é uma situação onde o tratamento é feito com suporte psiquiátrico com ansiolítico ou antidepressivo e com apoio de psicólogo para tratar os aspectos emocionais que estão muito prejudicados .
Em casos mais leves, essa etapa passa em pouco tempo. A ajuda e apoio de amigos e familiares é muito importante. Logo a angustia vai acalmando, tudo vai se encaixando e a saudade que era um vazio imenso vai dando lugar a uma saudade salutar onde os pais começam a acompanhar a vida do filho e a perceber que ele está indo bem. Começam a se orgulhar do filho e de sua nova vida e então, aos poucos, retornam a vida cotidiana com seus afazeres e obrigações, inclusive o relacionamento entre o casal que estava abalado começa a ficar mais afetivo, prazeroso e mais atencioso um com o outro.
Transtornos Psicológicos & Saúde Mental
16 de fevereiro de 2020
28 de outubro de 2019
Suicídio Infantil/Transtorno de Dependência Tecnológica - Luiza Gosuen
As crianças e adolescentes cada vez mais estão sofrendo com transtornos mentais e comportamentais. A depressão quando na adolescência tem sintomas mais parecidos com a depressão em adultos, já quando em crianças menores podem ser em decorrência de fobias, transtornos do sono, medos excessivos, conflitos familiares, agressões, bullying, dificuldade para ganhar ou perder peso, crescimento inadequado para a idade, causando angustias e dores inexplicáveis.
A internalização de crianças e adolescentes pelo SUS devido a Transtornos Mentais vem aumentando consideravelmente nos últimos tempos.
Fatores ambientais também contribuem como: excesso de tempo em redes sociais, exposição na mídia de maneira inapropriada, falta de regras orientativas com limites de tempo frente a telinhas de vídeo-game, tv, tablet e celular. A negligência dos pais em acompanhar as atividades digitais de seus filhos, falta de atenção dos pais e/ou cuidadores deixando-os expostos a conteúdos inconvenientes e pessoas oportunistas, a falta de afeto e de estímulo para com as atividades desenvolvidas pela criança e alimentação inadequada são alguns dados observados por profissionais e educadores quando em atendimento com essas crianças.
Isso tudo com agravantes que podem vir desde a gestação com histórico familiar de pais com agressão, abuso sexual,vida desregrada, vícios e hábitos descabidos associados com noites mal dormidas, uso de medicamentos sem orientação médica, alimentação não saudável, etc
E esses casos não têm separação de acontecimento por nível social ou cultural, pois temos relatos em todas as camadas sociais, tanto em lares desestruturados economicamente como em lares estáveis financeiramente. O mesmo acontece quando observa-se o nível cultural dessas famílias, onde temos relatos de acontecimento em todos os níveis, desde pais com formação acadêmica superior e profissionais renomados e pais sem nenhum tipo de formação escolar e sem profissão definida. Está se tornando uma epidemia e tudo dentro de nossas casas, sem que muitos pais e cuidadores se deem conta disso.
A depressão quando instalada na criança acaba com a infância deixando-as desmotivadas, tristes, sem vontade brincar, de estar com amiguinhos e já não querem nem mesmo mais passear, comprar um brinquedo novo ou seu alimento preferido. Não conseguem mais ver importância em viver por acharem que todas as outras coisas, principalmente para os pais são mais importante para eles do que a existência dela, criança.
Esse aumento na incidência da depressão infantil faz os estudos relacionados voltarem o foco para fatores de risco que podem ser observados desde cedo nos comportamentos em escola, nos hábitos da criança mediante situações cotidianas e com outras pessoas fora do ambiente familiar e não achar que está tudo normal, que criança é assim mesmo e que não irá mais acontecer.
É preciso encarar os fatos e cuidar das crianças com mais atenção diante dos acontecimentos que podem ser desde uma agressão verbal a um coleguinha ou ao professor, o aparecimento na sua mochila de objetos que não lhe pertence, isolamento, desviar o olhar e se constranger quando lhe é perguntado como foi seu dia na escola, mal modos em casa, palavreado inapropriado, respostas ríspidas, grosserias, mal humor, descontentamento e preconceitos que podem ser observados nos desenhos que elas fazem.
O excesso de cobrança e de atividade da criança também merece ser observado. A criança precisa de tempo para brincar, estar ao ar livre, descobrir coisas e participar com os pais de passeios e viagens ampliando seu mundo social, cultural e comportamental.
Observe os desenhos e as brincadeira da criança - que na maioria das vezes prefere ficar sozinha. Desenhos e pensamentos de morte ocorrem com frequência nessas brincadeiras e desenhos. São super heróis que se matam ou matam muitas pessoas de maneira aleatória. já os adolescentes costumam pensar sobre sua própria morte e como seus amigos e familiares iriam reagir. Em outro momento, a conversa traz sempre o tom pessimista como se a vida não valesse a pena, que se morresse não faria falta e acabaria com esse sofrimento e aqui. O que gera esse sofrimento pode ser não conseguir tirar boas notas, não ter um relacionamento amoroso, se achar desprezado, não ter a classe social que o colega tem, não ser bonito e tantas outras coisas que nos parece bobas, mas que para o adolescente é importante no momento que está vivendo.
Pode em alguns casos ser apenas angústia momentânea, mas é preciso levar em conta e observar se o fato não se torna recorrente porque para algumas crianças é um sofrimento que ela não consegue suportar e pode levar ao suicídio. Para isso, acompanhe os games que gosta (se são de massacres e suicídio), os sites de pesquisas na internet (compra de armas, explosivos), as companhias (interesse dos amigos), se tem algum diário(anotações estranhas), seus hábitos (roupas de manga comprida, ambientes e horários no computador) e o que tem em seu quarto e armário (corda, estilete, punhal, esqueiro), mas faça isso de maneira discreta sem que ele perceba que está sendo monitorado e que não seja questionado o tempo todo. Adquira a confiança e proximidade sem ser intimidador. Observe ainda se tem tatuagens, cortes ou queimaduras que podem ser causado por alguma tentativa de suicídio. Ás vezes, a autopunição é um escape para não cometer o ato propriamente dito e assim sufocar as emoções que incomodam e aliviar a dor emocional.
Pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo constatou que a dependência tecnológica está associada ao aumento de Transtornos Mentais, com ansiedade. A pesquisa feita com dois mil jovens mediu o impacto do uso abusivo nos relacionamentos com agressividades e xingamentos quando era restringido o acesso ao computador. O estudo mostra que esses jovens são acometidos de Vício Digital, dependentes de internet, podendo variar o nível - moderado ou grave. A avaliação feita através de Teste de Dependência de Internet, medi o tempo de exposição nas redes sociais e como esse acesso traz impacto na rotina desses jovens, interferindo em suas emoções e nos seus relacionamentos. O prejuízo vai desde baixo rendimento escolar, ansiedade manifestada no roer as unhas até se machucar, comportamento antissocial e agressivo e desmotivação para outras atividades. Para esses jovens a internet é a melhor companhia. Apresentam baixa autoestima e tem a solidão e o isolamento como forma de se privarem, pois muitos têm em sua autoimagem como algo que não aprovam, se acham feios ou sofrem descriminação de amigos. Outro fator encontrado é a diferença sociocultural que existe na sociedade que vivem e quando estão na internet são iguais a todos por não serem avaliados pela roupa que usam, pela casa que moram ou até mesmo pela família que possuem. Na internet todos se sentem protegidos do que para eles é considerado "vergonha", mantendo um status que na verdade não possuem.
O Transtorno de Dependência de tela pode danificar o cérebro das crianças onde cada vez mais, os pequenos estão grudadas com um celular ou tablet nas mãos com jogos e aplicativos baixados pelos pais para que fiquem quietos e os deixem tranquilos para suas atividades, inclusive para ficarem horas no celular sem serem interrompidos pelas crianças. O cérebro dos pequenos está em desenvolvimento podendo encolher e perder tecidos no lobo frontal, estriado e ínsula, áreas essas responsáveis pelo planejamento e organização, supressão de impulsos socialmente inaceitáveis e capacidade de compaixão e empatia.
Além disso, o cérebro das crianças são suscetíveis a mudanças que podem prejudicar o desenvolvimento neural e levar a transtornos como compulsividade, ansiedade, dependência das telinhas, dependência das redes sociais, vício em jogos e desinteresse para qualquer outro tipo de atividade de aprendizagem.
Você pode constatar esses sintomas ao retirar o aparelho da criança que reagirá com birras, crises de choros e gritos, ânsia de vômitos, falta de fôlego de tanto chorar, recusa a se alimentar e até voltar a fazer suas necessidades nas roupas caso já tenham superado. Em alguns casos, crianças que ainda usam fraldas, ficam tanto tempo entretidas com os joguinhos que não reclamam nem para que se troque a fralda chegando ao ponto de escorrer pelas perninhas e só aí percebem e reclamam.
Efeitos causado pelo uso excessivo diante as telinhas podem ser:
-não conseguir atingir peso ideal para a idade (passam horas sem comer)
-aumento excessivo de peso considerando a idade (por ansiedade comem demais)
-dores de cabeça (por obsessão e concentração demais no jogo)
-problemas de visão (excesso da luminosidade dos aparelhos digitais)
-ansiedade (aflição provocada pelos jogos)
-desonestidade (mentem e pegam coisas dos outros)
-sentimentos de culpa e solidão (preferem se isolar)
-dores nas costas (permanecem na mesma postura errada por muito tempo)
-insônia (passam horas na internet durante a madrugada)
Esses dispositivos nos aparelhos são ferramentas importantes para nosso uso, porém é preciso que se tenha discernimento ao colocar na mãozinha de uma criança que poderá sofrer consequências prejudiciais.
Os pais devem estar atentos a tudo isso e apresentar brincadeiras saudáveis a seus filhos, passar mais tempo com eles em passeios, conversar sobre assuntos do interesse deles, atividades culturais e físicas e brincarem juntos, pois não existe melhor companhia ás nossas crianças que a presença dos pais interagindo com eles.
Recomendação da Academia Americana de Pediatria
1- Crianças menores que 18 meses- Evite o uso da mídia de tela
2- Crianças de 18 meses a 24 meses- Escolha programação de alta qualidade e assista junto por um curto período de tempo e depois desligue o aparelho.
3-Crianças de 2 a 5 anos- Os pais devem estar juntos e fazer uso da tela por 1 hora.
4-Crianças de 6 anos ou mais- Estabeleça limites e programe outras atividades fora da telinha, para a criança.
5-Crianças de 12 anos a 15 anos- Defina regras básicas, depois das atividades escolares e outros compromissos que tiver. Defina locais na casa onde deverá fazer uso do aparelho, de preferência junto a seus familiares. Evite que fique isolado em seu quarto.
6- Acima de 15 anos- Mantenha conversas sobre as coisas e jogos de interesse deles. Participe e se inteire sobre tudo. Alerte sobre pessoas inescrupulosas na internet, segurança online, como respeitar as pessoas online e opinar sobre assuntos diversos.
Os transtornos mentais com sintomas de alteração no humor, disforia, melancolias, ansiedades, baixa autoestima e agressividade estão também associados a quadros de suicídio que na fase escolar são raras em crianças pequenas, mas costumam ser mais frequentes quando já na adolescência. Chamamos essa fase de Ideação Suicida.
Aos 6 anos começa a fase do pensamento pré-lógico onde os conceitos ainda não são bem elaborados e no seu egocentrismo é o centro das atenções. Aos poucos esse pensamento vai se aprimorando e os conteúdos aumentam, começa a fase do pensamento lógico e o conceito de morte já vai sendo interiorizado. Aos 12 anos, já na fase de pensamento concreto para o abstrato começa o entendimento sobre a morte e a preocupação com a vida após a morte. Mudanças no corpo em função dos hormônios, a confusão nos pensamentos causados por angustias sobre si mesmo e familiares, acesso a bebidas e drogas, perda de pessoas próximas faz com que muitos jovens não suportem as pressões familiares, estresse cotidiano, discussões em família, relacionamentos difíceis . Passam a considerar a vida como um fardo e querem se ver livre desses problemas com o suicídio.
Mitos e Verdades sobre comportamentos suicidas:
Mitos
-Quem quer se matar não avisa.
-Para suicidar é preciso estar deprimido
-Suicídio é coragem ou covardia?
Verdades
-80% avisam que vão se matar
-O suicida não quer morrer e sim parar aquele sofrimento
-O suicídio para ele é solução
(Fonte: Lee Fu-I - Transtornos Bipolar na Infância e Adolescência, pag 74, 2007)
Vídeo da Campanha Preventiva de Suicídio Infantil 2019
https://www.youtube.com/watch?v=mz5z4T8U53U
Risco de suicídio ou de reincidência de tentativas de suicídio podem ocorrer ainda com a Ideação Suicida com maior frequência no sexo masculino com mais de 16 anos. Considera-se fator de risco a falta de suporte familiar, ansiedade exacerbada, uso de bebidas ou drogas, agitação, violência para com outras pessoas e em alguns casos alucinações e delírios.
Nas avaliações com essas crianças e adolescentes deve ser considerado:
-Estava chateado com alguma coisa ou pessoa quando pensou ou teve o desejo de morrer
-Já fez algo sabendo ser perigoso para se machucar ou colocar sua vida em risco
-Tentou deliberadamente se machucar ou se punir
-Você às vezes pensa em se matar
-Já tentou se matar
Recomendações importantes ao se avaliar crianças e adolescentes que tentaram suicídio.
-Reconhecer a legitimidade do problema e tratá-lo com adulto.
-Considerar com seriedade todas as tentativas ou ameaças de suicídio, mesmo as falsas e as que foram manipuladas.
-Não achar que é bobagem da cabeça dele e ajudá-lo a avaliar a situação, permitindo que ele possa ver outra solução para seu sofrimento e orientá-lo em uma direção de uma solução concreta e assertiva .
-Entender as razões que o fizeram a procurar essa alternativa, sem querer minimizar ou subestimar o sofrimento dele.
-Transmitir esperança, mas sem promessas mirabolantes ou que não possam ser cumpridas. Não mentir para ele. Ele precisa confiar e sentir-se seguro em quem estiver cuidando do seu caso.
-Estar disponível para escutá-lo sem julgamento, insultos, preconceitos ou repreensões morais.
-Deixar que sinta confiança na família novamente
-Não deixá-lo sozinho até que esteja confiante em si novamente e que novas alternativas estejam agora em sua vida.
**Importante
Não subestime os sentimentos de uma criança ou adolescente.
As informações aqui são para alertar pais, avós, professores e cuidadores. Se perceber um problema com seu filho(a) procure um psicólogo ou psiquiatra para ajudá-lo. Não deixe para depois pensando que não é nada, que é da idade e que vai passar
Veja ainda:
Indução ao Suicídio/ jogos suicidas
https://luizagosuen.blogspot.com/2018/04/inducao-ao-suicidio-transtorno-ou-crime.html
A internalização de crianças e adolescentes pelo SUS devido a Transtornos Mentais vem aumentando consideravelmente nos últimos tempos.
Fatores ambientais também contribuem como: excesso de tempo em redes sociais, exposição na mídia de maneira inapropriada, falta de regras orientativas com limites de tempo frente a telinhas de vídeo-game, tv, tablet e celular. A negligência dos pais em acompanhar as atividades digitais de seus filhos, falta de atenção dos pais e/ou cuidadores deixando-os expostos a conteúdos inconvenientes e pessoas oportunistas, a falta de afeto e de estímulo para com as atividades desenvolvidas pela criança e alimentação inadequada são alguns dados observados por profissionais e educadores quando em atendimento com essas crianças.
Isso tudo com agravantes que podem vir desde a gestação com histórico familiar de pais com agressão, abuso sexual,vida desregrada, vícios e hábitos descabidos associados com noites mal dormidas, uso de medicamentos sem orientação médica, alimentação não saudável, etc
E esses casos não têm separação de acontecimento por nível social ou cultural, pois temos relatos em todas as camadas sociais, tanto em lares desestruturados economicamente como em lares estáveis financeiramente. O mesmo acontece quando observa-se o nível cultural dessas famílias, onde temos relatos de acontecimento em todos os níveis, desde pais com formação acadêmica superior e profissionais renomados e pais sem nenhum tipo de formação escolar e sem profissão definida. Está se tornando uma epidemia e tudo dentro de nossas casas, sem que muitos pais e cuidadores se deem conta disso.
A depressão quando instalada na criança acaba com a infância deixando-as desmotivadas, tristes, sem vontade brincar, de estar com amiguinhos e já não querem nem mesmo mais passear, comprar um brinquedo novo ou seu alimento preferido. Não conseguem mais ver importância em viver por acharem que todas as outras coisas, principalmente para os pais são mais importante para eles do que a existência dela, criança.
Esse aumento na incidência da depressão infantil faz os estudos relacionados voltarem o foco para fatores de risco que podem ser observados desde cedo nos comportamentos em escola, nos hábitos da criança mediante situações cotidianas e com outras pessoas fora do ambiente familiar e não achar que está tudo normal, que criança é assim mesmo e que não irá mais acontecer.
É preciso encarar os fatos e cuidar das crianças com mais atenção diante dos acontecimentos que podem ser desde uma agressão verbal a um coleguinha ou ao professor, o aparecimento na sua mochila de objetos que não lhe pertence, isolamento, desviar o olhar e se constranger quando lhe é perguntado como foi seu dia na escola, mal modos em casa, palavreado inapropriado, respostas ríspidas, grosserias, mal humor, descontentamento e preconceitos que podem ser observados nos desenhos que elas fazem.
O excesso de cobrança e de atividade da criança também merece ser observado. A criança precisa de tempo para brincar, estar ao ar livre, descobrir coisas e participar com os pais de passeios e viagens ampliando seu mundo social, cultural e comportamental.
Observe os desenhos e as brincadeira da criança - que na maioria das vezes prefere ficar sozinha. Desenhos e pensamentos de morte ocorrem com frequência nessas brincadeiras e desenhos. São super heróis que se matam ou matam muitas pessoas de maneira aleatória. já os adolescentes costumam pensar sobre sua própria morte e como seus amigos e familiares iriam reagir. Em outro momento, a conversa traz sempre o tom pessimista como se a vida não valesse a pena, que se morresse não faria falta e acabaria com esse sofrimento e aqui. O que gera esse sofrimento pode ser não conseguir tirar boas notas, não ter um relacionamento amoroso, se achar desprezado, não ter a classe social que o colega tem, não ser bonito e tantas outras coisas que nos parece bobas, mas que para o adolescente é importante no momento que está vivendo.
Pode em alguns casos ser apenas angústia momentânea, mas é preciso levar em conta e observar se o fato não se torna recorrente porque para algumas crianças é um sofrimento que ela não consegue suportar e pode levar ao suicídio. Para isso, acompanhe os games que gosta (se são de massacres e suicídio), os sites de pesquisas na internet (compra de armas, explosivos), as companhias (interesse dos amigos), se tem algum diário(anotações estranhas), seus hábitos (roupas de manga comprida, ambientes e horários no computador) e o que tem em seu quarto e armário (corda, estilete, punhal, esqueiro), mas faça isso de maneira discreta sem que ele perceba que está sendo monitorado e que não seja questionado o tempo todo. Adquira a confiança e proximidade sem ser intimidador. Observe ainda se tem tatuagens, cortes ou queimaduras que podem ser causado por alguma tentativa de suicídio. Ás vezes, a autopunição é um escape para não cometer o ato propriamente dito e assim sufocar as emoções que incomodam e aliviar a dor emocional.
O Transtorno de Dependência de tela pode danificar o cérebro das crianças onde cada vez mais, os pequenos estão grudadas com um celular ou tablet nas mãos com jogos e aplicativos baixados pelos pais para que fiquem quietos e os deixem tranquilos para suas atividades, inclusive para ficarem horas no celular sem serem interrompidos pelas crianças. O cérebro dos pequenos está em desenvolvimento podendo encolher e perder tecidos no lobo frontal, estriado e ínsula, áreas essas responsáveis pelo planejamento e organização, supressão de impulsos socialmente inaceitáveis e capacidade de compaixão e empatia.
Além disso, o cérebro das crianças são suscetíveis a mudanças que podem prejudicar o desenvolvimento neural e levar a transtornos como compulsividade, ansiedade, dependência das telinhas, dependência das redes sociais, vício em jogos e desinteresse para qualquer outro tipo de atividade de aprendizagem.
Você pode constatar esses sintomas ao retirar o aparelho da criança que reagirá com birras, crises de choros e gritos, ânsia de vômitos, falta de fôlego de tanto chorar, recusa a se alimentar e até voltar a fazer suas necessidades nas roupas caso já tenham superado. Em alguns casos, crianças que ainda usam fraldas, ficam tanto tempo entretidas com os joguinhos que não reclamam nem para que se troque a fralda chegando ao ponto de escorrer pelas perninhas e só aí percebem e reclamam.
Efeitos causado pelo uso excessivo diante as telinhas podem ser:
-não conseguir atingir peso ideal para a idade (passam horas sem comer)
-aumento excessivo de peso considerando a idade (por ansiedade comem demais)
-dores de cabeça (por obsessão e concentração demais no jogo)
-problemas de visão (excesso da luminosidade dos aparelhos digitais)
-ansiedade (aflição provocada pelos jogos)
-desonestidade (mentem e pegam coisas dos outros)
-sentimentos de culpa e solidão (preferem se isolar)
-dores nas costas (permanecem na mesma postura errada por muito tempo)
-insônia (passam horas na internet durante a madrugada)
Esses dispositivos nos aparelhos são ferramentas importantes para nosso uso, porém é preciso que se tenha discernimento ao colocar na mãozinha de uma criança que poderá sofrer consequências prejudiciais.
Os pais devem estar atentos a tudo isso e apresentar brincadeiras saudáveis a seus filhos, passar mais tempo com eles em passeios, conversar sobre assuntos do interesse deles, atividades culturais e físicas e brincarem juntos, pois não existe melhor companhia ás nossas crianças que a presença dos pais interagindo com eles.
Recomendação da Academia Americana de Pediatria
1- Crianças menores que 18 meses- Evite o uso da mídia de tela
2- Crianças de 18 meses a 24 meses- Escolha programação de alta qualidade e assista junto por um curto período de tempo e depois desligue o aparelho.
3-Crianças de 2 a 5 anos- Os pais devem estar juntos e fazer uso da tela por 1 hora.
4-Crianças de 6 anos ou mais- Estabeleça limites e programe outras atividades fora da telinha, para a criança.
5-Crianças de 12 anos a 15 anos- Defina regras básicas, depois das atividades escolares e outros compromissos que tiver. Defina locais na casa onde deverá fazer uso do aparelho, de preferência junto a seus familiares. Evite que fique isolado em seu quarto.
6- Acima de 15 anos- Mantenha conversas sobre as coisas e jogos de interesse deles. Participe e se inteire sobre tudo. Alerte sobre pessoas inescrupulosas na internet, segurança online, como respeitar as pessoas online e opinar sobre assuntos diversos.
Os transtornos mentais com sintomas de alteração no humor, disforia, melancolias, ansiedades, baixa autoestima e agressividade estão também associados a quadros de suicídio que na fase escolar são raras em crianças pequenas, mas costumam ser mais frequentes quando já na adolescência. Chamamos essa fase de Ideação Suicida.
Aos 6 anos começa a fase do pensamento pré-lógico onde os conceitos ainda não são bem elaborados e no seu egocentrismo é o centro das atenções. Aos poucos esse pensamento vai se aprimorando e os conteúdos aumentam, começa a fase do pensamento lógico e o conceito de morte já vai sendo interiorizado. Aos 12 anos, já na fase de pensamento concreto para o abstrato começa o entendimento sobre a morte e a preocupação com a vida após a morte. Mudanças no corpo em função dos hormônios, a confusão nos pensamentos causados por angustias sobre si mesmo e familiares, acesso a bebidas e drogas, perda de pessoas próximas faz com que muitos jovens não suportem as pressões familiares, estresse cotidiano, discussões em família, relacionamentos difíceis . Passam a considerar a vida como um fardo e querem se ver livre desses problemas com o suicídio.
Mitos e Verdades sobre comportamentos suicidas:
Mitos
-Quem quer se matar não avisa.
-Para suicidar é preciso estar deprimido
-Suicídio é coragem ou covardia?
Verdades
-80% avisam que vão se matar
-O suicida não quer morrer e sim parar aquele sofrimento
-O suicídio para ele é solução
(Fonte: Lee Fu-I - Transtornos Bipolar na Infância e Adolescência, pag 74, 2007)
Vídeo da Campanha Preventiva de Suicídio Infantil 2019
https://www.youtube.com/watch?v=mz5z4T8U53U
Risco de suicídio ou de reincidência de tentativas de suicídio podem ocorrer ainda com a Ideação Suicida com maior frequência no sexo masculino com mais de 16 anos. Considera-se fator de risco a falta de suporte familiar, ansiedade exacerbada, uso de bebidas ou drogas, agitação, violência para com outras pessoas e em alguns casos alucinações e delírios.
Nas avaliações com essas crianças e adolescentes deve ser considerado:
-Estava chateado com alguma coisa ou pessoa quando pensou ou teve o desejo de morrer
-Já fez algo sabendo ser perigoso para se machucar ou colocar sua vida em risco
-Tentou deliberadamente se machucar ou se punir
-Você às vezes pensa em se matar
-Já tentou se matar
Recomendações importantes ao se avaliar crianças e adolescentes que tentaram suicídio.
-Reconhecer a legitimidade do problema e tratá-lo com adulto.
-Considerar com seriedade todas as tentativas ou ameaças de suicídio, mesmo as falsas e as que foram manipuladas.
-Não achar que é bobagem da cabeça dele e ajudá-lo a avaliar a situação, permitindo que ele possa ver outra solução para seu sofrimento e orientá-lo em uma direção de uma solução concreta e assertiva .
-Entender as razões que o fizeram a procurar essa alternativa, sem querer minimizar ou subestimar o sofrimento dele.
-Transmitir esperança, mas sem promessas mirabolantes ou que não possam ser cumpridas. Não mentir para ele. Ele precisa confiar e sentir-se seguro em quem estiver cuidando do seu caso.
-Estar disponível para escutá-lo sem julgamento, insultos, preconceitos ou repreensões morais.
-Deixar que sinta confiança na família novamente
-Não deixá-lo sozinho até que esteja confiante em si novamente e que novas alternativas estejam agora em sua vida.
**Importante
Não subestime os sentimentos de uma criança ou adolescente.
As informações aqui são para alertar pais, avós, professores e cuidadores. Se perceber um problema com seu filho(a) procure um psicólogo ou psiquiatra para ajudá-lo. Não deixe para depois pensando que não é nada, que é da idade e que vai passar
Veja ainda:
Indução ao Suicídio/ jogos suicidas
https://luizagosuen.blogspot.com/2018/04/inducao-ao-suicidio-transtorno-ou-crime.html
26 de agosto de 2019
Síndrome de Raynaud - Luiza Gosuen
A Síndrome de Raynaud é caracterizada normalmente pela palidez - aparência amarelada - nas palmas das mãos ou dos pés que pode se manifestar na ponta dos dedos ou numa área mais ampla de alguma parte do corpo. Algumas vezes, observa-se Cianose - cor azulada - e até lesões na ponta dos dedos.
Sintomas
É um vasoespasmo, uma contração nas artérias e veias, normalmente em decorrência do frio, vento gelado ou umidade (algumas pessoas são mais sensíveis ao frio). Geralmente, mais frequente em mulheres e pessoas mais jovens, mas pode acarretar também em homens.
Pode ser amenizado e até resolvido o problema, em casos onde a área afetada é pequena, diminuindo a sensação do frio com um banho quente, roupas de lã, luvas, touca e meias. Fazer um escalda-pés, mergulhando os pés ou as mãos numa bacia com água quente, também alivia o incômodo.
Quando estiver normalizando a temperatura corporal, pode ser observado uma sensação latejante ou dolorosa devido a retomada da circulação do sangue no local. Em casos onde a condição se torna crônica, com complicações mais graves na circulação sanguínea é necessário um acompanhamento médico, pois poderá surgir pequenas erupções nas extremidades onde fica com pouco ou nenhum fluxo sanguíneo, como na ponta dos dedos.
Causas
Nos casos primários a síndrome pode ser em decorrência de baixa temperatura. Já em casos mais secundários, mais graves, chamados de Fenômeno de Raynaud, pode ser um distúrbio nas artérias causado pelo tabagismo, atividades repetitivas como digitar, tocar piano ou ficar muito tempo na ponta dos pés, como no ballet.
O uso inadequado de certos medicamentos para enxaqueca, quimioterapia e medicamentos que contém estrogênio também podem provocar os sintomas.
No caso secundário, pode ocorrer ao mesmo tempo, também outras enfermidades associadas, como:
- Esclerodermia - Endurecimento de uma parte da pele ficando sem mobilidade no local.
- Artrite Reumatóide - Doença autoimune, inflamatória, crônica que afeta as articulações.
- Síndrome do Túnel Carpal - Neuropatia em decorrência da compressão do nervo da mão, provocando formigamento e dormência devido a movimentos repetitivos.
- Lupus - Doença autoimune e inflamatória que afeta as articulações, a pele e até órgãos internos como rins e coração.
-Síndrome de Sjögren - Doença autoimune, que afeta as glândulas lacrimais causando vermelhidão dos olhos, fotofobia com sensibilidade à luz, visão turva e até presença de úlcera nas córneas.
Quando afeta as glândulas salivares, o paciente fica com boca seca podendo proporcionar o aparecimento de cáries e desenvolver candidíase oral.
Sintomas
Podem surgir em decorrência de baixas temperaturas ou por alguma situação que gerou angústia ou um abalo emocional.
A pele, normalmente na palma das mãos, acomete de uma descoloração que muda para branco ou amarelado, azulada e avermelhada. Na fase amarelada é quando as artérias estreitam ou colapsam. Fase azulada é quando as partes não estão recebendo sangue rico em oxigênio. Fase avermelhada é porque já está melhorando e o sangue começa a voltar a circular, e devido ao fluxo do sangue retornando,pode ocorrer um certo inchaço, ardor ou formigamento.
É comum também observar tosse seca, persistente e relatos de fadiga.
Em algumas mulheres pode apresentar secura vaginal.
Diagnóstico
É pedido exames de sangue com hemograma completo, histórico familiar, histórico médico e psicológico.
Tratamento
O primeiro passo é aumentar a temperatura das partes afetadas, fazer exercícios com os dedos das mãos, massagem nos pés e movimentos circulares com os braços. Pode ser necessário, em casos que a crise demora a passar, fazer uso de vasodilatadores. Nesses casos, faz-se uso de medicamentos injetáveis diretamente no vaso sanguíneo que está contraído e que está interrompendo o funcionamento do nervo, para que o fluxo de sangue possa voltar.
Em casos extremos, onde nenhuma medida resolveu o problema e a situação persiste, pode ser necessário uma cirurgia onde é feito o corte dos nervos simpáticos que são os responsáveis por suprir os dedos de sangue. Existe ainda a possibilidade de amputar a ponta dos dedos, caso esteja ocorrendo necrose que é a morte dos tecidos por falta de oxigênio, em organismo vivo.
Os casos com envolvimento emocional devem ter além do atendimento médico o suporte e acompanhamento de um psicólogo para evitar reincidências e identificar as causas emocionais e tratá-las.
É pedido exames de sangue com hemograma completo, histórico familiar, histórico médico e psicológico.
Tratamento
O primeiro passo é aumentar a temperatura das partes afetadas, fazer exercícios com os dedos das mãos, massagem nos pés e movimentos circulares com os braços. Pode ser necessário, em casos que a crise demora a passar, fazer uso de vasodilatadores. Nesses casos, faz-se uso de medicamentos injetáveis diretamente no vaso sanguíneo que está contraído e que está interrompendo o funcionamento do nervo, para que o fluxo de sangue possa voltar.
Em casos extremos, onde nenhuma medida resolveu o problema e a situação persiste, pode ser necessário uma cirurgia onde é feito o corte dos nervos simpáticos que são os responsáveis por suprir os dedos de sangue. Existe ainda a possibilidade de amputar a ponta dos dedos, caso esteja ocorrendo necrose que é a morte dos tecidos por falta de oxigênio, em organismo vivo.
Os casos com envolvimento emocional devem ter além do atendimento médico o suporte e acompanhamento de um psicólogo para evitar reincidências e identificar as causas emocionais e tratá-las.
26 de abril de 2019
Síndromes Raras relacionadas à Percepção Visual (Alice-Paramnesia-Prosopagnosia-Charles Bonnet-Ekbom)- Luiza Gosuen
As síndromes delirantes que afetam a percepção visual causam muitos transtornos principalmente em crianças em fase de desenvolvimento cognitivo e de formação da personalidade, pois confundem o que está passando em suas fantasias com o que lhe é dito pelas outras pessoas. Para elas aquelas percepções ilusórias são reais.
Síndrome de Alice no País das Maravilhas
Uma distúrbio psiquiátrico que provoca percepção visual de maneira distorcida. O paciente vê alguns objetos á sua volta de tamanho minúsculo, acreditando inclusive que parte de seu corpo está mudando de tamanho e também de forma, como se estivesse sob efeito de substâncias alucinógenas, vendo coisas irreais.
Esse distúrbio foi observado e descrito em 1955, pelo psiquiatra inglês John Todd e deu esse nome devido a obra de Lewis Carroll "Alice no País das Maravilhas" publicada em 1865, onde a protagonista Alice é uma menina que se vê num local fantasioso onde tudo tem tamanho bem reduzido.
Normalmente surge na infância onde as crianças com esse distúrbio acham que algumas partes de seu corpo estão diferente.
O desenvolvimento cognitivo da criança normalmente não é afetado, porém sofre interferência das fantasias em momentos de crise.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são micropsia (quando objetos ou partes do corpo parecem menores) e telopsia (quando objetos parecem bem mais distantes do que realmente estão). A síndrome não tem causa definida. Em adultos alguns casos são relatados após uma forte enxaqueca ou depois de uma refeição mais pesada.
Tratamento
O tratamento deve ser feito por psicólogo. Em crianças a Ludoterapia é muito eficaz e os pais são orientados como proceder em casa. Quando a criança estiver em fase escolar pode ser necessário o uso de orientação psicopedagógica, para casos específicos. Já em adultos,
a Terapia Comportamental direcionada a comprometimentos de ordem emocional tem resultados muito favoráveis. Não existe medicamentos nem cirurgias indicadas para esse distúrbio. Atualmente, faz-se orientação psicológica e acompanhamento das evoluções emocionais que vão surgindo. A participação da família nesse contexto é muito importante.
Existem casos onde é relatado esse distúrbio em pacientes com tumores cerebrais ou epilepsia. Nesses casos o tratamento é com Neurologista.
PARAMNÉSIA REDUPLICATIVA
É um distúrbio de percepção visual e orientação espacial,onde o paciente não reconhece onde está. Acredita que aquele local foi duplicado e que existe um outro local exatamente igual.
Em outros casos, o paciente acredita que foi removido simultaneamente para outro local, porém idêntico àquele que estava, que é um local duplicado.
O termo "Paramnésia Reduplicativa" foi usado pela primeira vez em 1903 pelo neurologista Tcheco Arnold Pick quando tratava de uma paciente com suspeita de Alzheimer. Notou que os sintomas eram diferentes, não de esquecimento como típico no Alzheimer, mas de confusão mental com distorção na percepção visual.
Não se sabe muito sobre essa doença. Em alguns casos surge depois do paciente ser reincidente a alguns AVCs , tumores cerebrais ou Esquizofrenia.
Tratamento
Não se tem ainda uma maneira eficaz de tratar essa doença. Depende de cada paciente e de como tudo começou. As terapias para acompanhamento de problemas emocionais e acompanhamento psiquiátrico com uso de antidepressivos também são usados.
Ver também :
Síndrome de Capgras e Síndrome de Fregoli
https://luizagosuen.blogspot.com/2019/03/sindromes-raras-capgras-fregoli-otelo.html
Síndrome de Charles Bonnet
Essa síndrome é específica , apesar de causar alucinações visuais - nítidas, coloridas e silenciosas- ocorre somente em pacientes que sofrem de cegueira parcial ou grave.
O distúrbio surge sem que se saiba a causa e acreditava-se que os sintomas duravam alguns segundos, mas temos relatos de que podem durar algumas horas e alguns casos duram anos.
O nome da síndrome é em decorrência do filósofo Charles Bonnet ter observado e relatado esse sintoma em seu avô que era cego e tinha essas alucinações momentâneas.
Não se tem tratamento, apenas acompanhamento e orientação do paciente quando os sintomas aparecerem para evitar ansiedades e depressão e se precisar, acompanhamento terapêutico para que fale do que está sentindo e aliviar a angústia.
Síndrome de Ekbom
É uma síndrome delirante e ilusória onde o paciente acha que está sendo molestado por milhares de insetos que infestam todo seu corpo. Acredita que sua pele está tomada por vermes e insetos e essas alucinações além de visuais são também táteis, pois o paciente sente os insetos andando pelo seu corpo.
Foi observado mais casos entre idosos, sendo que a maior frequência foi entre mulheres, que se comportavam como usuários de droga, por acreditarem ver e sentir esses insetos andando pela sua pele e ficarem querendo tirar e espantar os insetos.
O tratamento vai depender da intensidade do distúrbio. A triagem e avaliação de um oftalmologista é fundamental e que através do questionamento direto feito por ele aos pacientes, com baixa acuidade visual, pode aferir o grau da alucinação.
A abordagem completa envolve uma equipe multidisciplinar com neurologista, psiquiatra e psicólogo para o diagnóstico que poderá aliviar o sofrimento do paciente.
Não existe um tratamento único, porém por ter sintomas similares ao de pacientes com esquizofrenia, os medicamentos usados são os mesmos.
Prosopagnosia
É uma síndrome também conhecida como cegueira facial .Um distúrbio onde o paciente apresenta dificuldade em reconhecer pessoas à sua volta.
Olha para as pessoas conhecidas e não lhe são familiares, não as reconhece.
Em alguns casos o paciente tem dificuldade de associar pessoas confundindo-as com objetos e em casos mais graves o paciente inclusive não se reconhece no espelho.
Os primeiros casos foram observados em 1947 pelo neurologista alemão Joachim Bodamer e o termo Prosopagnosia vem da junção das palavras gregas Prosopon (lado) e Agnosia (conhecimento)
**Teste de Prosopagnosia (Teste ilustrativo que não substitui opinião médica)
Uma distúrbio psiquiátrico que provoca percepção visual de maneira distorcida. O paciente vê alguns objetos á sua volta de tamanho minúsculo, acreditando inclusive que parte de seu corpo está mudando de tamanho e também de forma, como se estivesse sob efeito de substâncias alucinógenas, vendo coisas irreais.
Esse distúrbio foi observado e descrito em 1955, pelo psiquiatra inglês John Todd e deu esse nome devido a obra de Lewis Carroll "Alice no País das Maravilhas" publicada em 1865, onde a protagonista Alice é uma menina que se vê num local fantasioso onde tudo tem tamanho bem reduzido.
Normalmente surge na infância onde as crianças com esse distúrbio acham que algumas partes de seu corpo estão diferente.
O desenvolvimento cognitivo da criança normalmente não é afetado, porém sofre interferência das fantasias em momentos de crise.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são micropsia (quando objetos ou partes do corpo parecem menores) e telopsia (quando objetos parecem bem mais distantes do que realmente estão). A síndrome não tem causa definida. Em adultos alguns casos são relatados após uma forte enxaqueca ou depois de uma refeição mais pesada.
Tratamento
O tratamento deve ser feito por psicólogo. Em crianças a Ludoterapia é muito eficaz e os pais são orientados como proceder em casa. Quando a criança estiver em fase escolar pode ser necessário o uso de orientação psicopedagógica, para casos específicos. Já em adultos,
a Terapia Comportamental direcionada a comprometimentos de ordem emocional tem resultados muito favoráveis. Não existe medicamentos nem cirurgias indicadas para esse distúrbio. Atualmente, faz-se orientação psicológica e acompanhamento das evoluções emocionais que vão surgindo. A participação da família nesse contexto é muito importante.
Existem casos onde é relatado esse distúrbio em pacientes com tumores cerebrais ou epilepsia. Nesses casos o tratamento é com Neurologista.
PARAMNÉSIA REDUPLICATIVA
É um distúrbio de percepção visual e orientação espacial,onde o paciente não reconhece onde está. Acredita que aquele local foi duplicado e que existe um outro local exatamente igual.
Em outros casos, o paciente acredita que foi removido simultaneamente para outro local, porém idêntico àquele que estava, que é um local duplicado.
O termo "Paramnésia Reduplicativa" foi usado pela primeira vez em 1903 pelo neurologista Tcheco Arnold Pick quando tratava de uma paciente com suspeita de Alzheimer. Notou que os sintomas eram diferentes, não de esquecimento como típico no Alzheimer, mas de confusão mental com distorção na percepção visual.
Não se sabe muito sobre essa doença. Em alguns casos surge depois do paciente ser reincidente a alguns AVCs , tumores cerebrais ou Esquizofrenia.
Tratamento
Não se tem ainda uma maneira eficaz de tratar essa doença. Depende de cada paciente e de como tudo começou. As terapias para acompanhamento de problemas emocionais e acompanhamento psiquiátrico com uso de antidepressivos também são usados.
Ver também :
Síndrome de Capgras e Síndrome de Fregoli
https://luizagosuen.blogspot.com/2019/03/sindromes-raras-capgras-fregoli-otelo.html
Essa síndrome é específica , apesar de causar alucinações visuais - nítidas, coloridas e silenciosas- ocorre somente em pacientes que sofrem de cegueira parcial ou grave.
O distúrbio surge sem que se saiba a causa e acreditava-se que os sintomas duravam alguns segundos, mas temos relatos de que podem durar algumas horas e alguns casos duram anos.
O nome da síndrome é em decorrência do filósofo Charles Bonnet ter observado e relatado esse sintoma em seu avô que era cego e tinha essas alucinações momentâneas.
Não se tem tratamento, apenas acompanhamento e orientação do paciente quando os sintomas aparecerem para evitar ansiedades e depressão e se precisar, acompanhamento terapêutico para que fale do que está sentindo e aliviar a angústia.
Síndrome de Ekbom
É uma síndrome delirante e ilusória onde o paciente acha que está sendo molestado por milhares de insetos que infestam todo seu corpo. Acredita que sua pele está tomada por vermes e insetos e essas alucinações além de visuais são também táteis, pois o paciente sente os insetos andando pelo seu corpo.
Foi observado mais casos entre idosos, sendo que a maior frequência foi entre mulheres, que se comportavam como usuários de droga, por acreditarem ver e sentir esses insetos andando pela sua pele e ficarem querendo tirar e espantar os insetos.
O tratamento vai depender da intensidade do distúrbio. A triagem e avaliação de um oftalmologista é fundamental e que através do questionamento direto feito por ele aos pacientes, com baixa acuidade visual, pode aferir o grau da alucinação.
A abordagem completa envolve uma equipe multidisciplinar com neurologista, psiquiatra e psicólogo para o diagnóstico que poderá aliviar o sofrimento do paciente.
Não existe um tratamento único, porém por ter sintomas similares ao de pacientes com esquizofrenia, os medicamentos usados são os mesmos.
Prosopagnosia
É uma síndrome também conhecida como cegueira facial .Um distúrbio onde o paciente apresenta dificuldade em reconhecer pessoas à sua volta.
Olha para as pessoas conhecidas e não lhe são familiares, não as reconhece.
Em alguns casos o paciente tem dificuldade de associar pessoas confundindo-as com objetos e em casos mais graves o paciente inclusive não se reconhece no espelho.
Os primeiros casos foram observados em 1947 pelo neurologista alemão Joachim Bodamer e o termo Prosopagnosia vem da junção das palavras gregas Prosopon (lado) e Agnosia (conhecimento)
**Teste de Prosopagnosia (Teste ilustrativo que não substitui opinião médica)
Para cada item, indique o quanto concorda ou discorda, escolhendo uma resposta em uma escala de 1 a 5, sendo 1 (discordo completamente) e 5 (concordo completamente).
Leia cada item cuidadosamente antes de responder e seja o mais honesto possível.
Leia cada item cuidadosamente antes de responder e seja o mais honesto possível.
1. A minha capacidade de reconhecimento facial é pior do que a da maioria das pessoa;
2. Sempre tive uma má memória para fisionomias;
3. Acho muito mais fácil reconhecer pessoas que têm características faciais distintivas;
4. Confundo muitas vezes, pessoas conhecidas com estranhos;
5. Quando circulava pela escola tinha dificuldade em reconhecer os meus colegas de turma;
6. Quando as pessoas mudam de penteado ou usam chapéus, tenho mais dificuldade em reconhecê-las;
7. Às vezes, tenho que avisar novas pessoas que acabo de conhecer que sou ruim para memorizar rostos, pois posso passar por elas e não reconhecer;
8. Tenho mais facilidade em lembrar, mentalmente, de rostos conhecidos do que reconhecer quando os vejo pessoalmente;
9. Sou melhor do que a maioria das pessoas em lembrar o nome das pessoas do que a fisionomia;
10. Sem ouvir as vozes das pessoas, tenho mais dificuldade em reconhecê-las;
11. A ansiedade relacionada com reconhecimento facial me levou a evitar situações sociais e profissionais , onde poderia encontrá-las para não passar por constrangimento;
12. Tenho que me esforçar mais do que as outras pessoas para memorizar faces;
13. Tenho mais confiança em reconhecer as pessoas por fotografias;
14. Às vezes, acho complicado acompanhar um filme por ter dificuldade em reconhecer os personagens, pois me confundo e não consigo distingui-los, e fico sem entendo o filme;
15. Os meus amigos e familiares concordam que tenho mau reconhecimento facial ou má memória facial;
16. Sinto que ofendo muitas vezes pessoas por não conseguir reconhece-las;
17. É mais fácil para mim reconhecer indivíduos em situações que exigem que as pessoas usem roupas semelhantes (ex: ternos, uniformes);
18. Em reuniões familiares, às vezes, confundo membros da família;
19. Acho fácil reconhecer celebridades em fotografias antes da fama, mesmo que tenham mudado consideravelmente;
20. É difícil reconhecer pessoas quando as conheço fora de contexto (ex: encontrar um colega de trabalho no supermercado);
Resultados: Itens 8, 9, 13, 17 e 19 são contados ao contrário. Ex: 5 = 1; 4 = 2; 3 = 3; 2 = 4; 1 = 5 2. Some o número das respostas para obter um resultado entre 20 (reconhecimento facial intacto) a 100 (reconhecimento facial severamente danificado)
23 de abril de 2019
Síndromes Raras relacionadas à Sexualidade - (PSAS- KORO) - Luiza Gosuen
Síndromes relacionadas á sexualidade do tipo raro são transtornos perturbadores que levam o paciente ao constrangimento perante outras pessoas por acontecer crises de orgasmos de maneira inesperada e outras vezes fazendo com que os pacientes se isolem completamente do meio social em virtude de seu comportamento, dito como inadequado.
São crises de orgasmos inesperadas e inoportunas, que desencadeiam sem relação com desejo sexual do paciente. Não causam prazer sexual e surgem do nada, em qualquer lugar e persistem por um período prolongado, deixando a pessoa constrangida e desestimulada a sentir orgasmos mesmo quando numa relação com seu parceiro, por medo da situação sair do controle.
As causas são desconhecidas, já que não estão ligadas ao aumento da libido, nem de hipersexualidade ou de orgasmos múltiplos. É mais comum, apesar de rara, em mulheres adolescentes e não é compulsão sexual é um distúrbio, onde muitas vezes a pessoa é julgada como sendo depravada, porém é uma crise involuntária que precisa ser tratada pois provoca ataques de pânico e dores incontroláveis devido aos orgasmos incessantes pressionando a pessoa a querer fazer sexo o tempo todo para poder controlar aquela sensação que não é desejada.
Em homens é ainda mais raro, mas temos relato de caso de homem ter tido mais de cem orgasmos em um dia. O tratamento é feito através de Terapia Cognitiva-Sexual e está sendo desenvolvido pela Universidade de Michigan.Um método ainda em estudo com medicamentos, porém ainda não se sabe a causa e como tratar de maneira definitiva.
Síndrome da Redução Genital ou Síndrome de Koro -
É um distúrbio mental onde o paciente acredita e tem um medo irracional que seu pênis esteja encolhendo. O termo "Koro" vem do malaio e se refere ao ato da tartaruga encolher sua cabeça dentro do casco. Essa fobia pode estar associada ao Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
Os relatos mais comuns estão na China, Índia e Japão. Nesse caso é mais raro ainda acontecer com mulheres, mas pode acontecer de ficar atormentada achando que os seios estão sumindo, porém tudo não passa de problemas psicológicos ligados à ansiedade causada pelo medo que a pessoa desenvolve em sua mente, que é fruto da sua imaginação.
Esse tipo de medo pode causar lesões comprometedoras pois o paciente coloca talas ou amarra os genitais para não sumirem e em casos extremos podem levar inclusive à morte.
O tratamento é feito com terapias psicológicas e acompanhamento psiquiátrico com uso de medicamentos ansiolíticos, quando necessário.
Síndrome de Excitação Sexual Persistente (PSAS)
São crises de orgasmos inesperadas e inoportunas, que desencadeiam sem relação com desejo sexual do paciente. Não causam prazer sexual e surgem do nada, em qualquer lugar e persistem por um período prolongado, deixando a pessoa constrangida e desestimulada a sentir orgasmos mesmo quando numa relação com seu parceiro, por medo da situação sair do controle.
As causas são desconhecidas, já que não estão ligadas ao aumento da libido, nem de hipersexualidade ou de orgasmos múltiplos. É mais comum, apesar de rara, em mulheres adolescentes e não é compulsão sexual é um distúrbio, onde muitas vezes a pessoa é julgada como sendo depravada, porém é uma crise involuntária que precisa ser tratada pois provoca ataques de pânico e dores incontroláveis devido aos orgasmos incessantes pressionando a pessoa a querer fazer sexo o tempo todo para poder controlar aquela sensação que não é desejada.
Em homens é ainda mais raro, mas temos relato de caso de homem ter tido mais de cem orgasmos em um dia. O tratamento é feito através de Terapia Cognitiva-Sexual e está sendo desenvolvido pela Universidade de Michigan.Um método ainda em estudo com medicamentos, porém ainda não se sabe a causa e como tratar de maneira definitiva.
Síndrome da Redução Genital ou Síndrome de Koro -
É um distúrbio mental onde o paciente acredita e tem um medo irracional que seu pênis esteja encolhendo. O termo "Koro" vem do malaio e se refere ao ato da tartaruga encolher sua cabeça dentro do casco. Essa fobia pode estar associada ao Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
Os relatos mais comuns estão na China, Índia e Japão. Nesse caso é mais raro ainda acontecer com mulheres, mas pode acontecer de ficar atormentada achando que os seios estão sumindo, porém tudo não passa de problemas psicológicos ligados à ansiedade causada pelo medo que a pessoa desenvolve em sua mente, que é fruto da sua imaginação.
Esse tipo de medo pode causar lesões comprometedoras pois o paciente coloca talas ou amarra os genitais para não sumirem e em casos extremos podem levar inclusive à morte.
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