"A maldade humana é um abismo com forte poder de magnetismo, que arrasta a pessoa para o inferno dentro de si mesma. Um vácuo de sentimentos que toma conta de pensamentos mórbidos e que tem como objetivo atos insanos, repugnantes e doentios desprovidos de qualquer sensibilidade." Luiza Gosuen
A maldade humana é um traço da personalidade que pode ser desenvolvida ou não, como qualquer outra característica que trazemos em nosso DNA. Pode se desencadear já na tenra idade, quando o bebê tem atitudes maldosas e até expressões faciais que demonstram seu desagrado e até raiva por coisas simples, manifestando comportamento agressivo inclusive com a própria mãe, como por exemplo sentir prazer em morder o bico do seio da mãe na hora das mamadas e algumas vezes com extrema força capaz de machucar e sangrar . Mesmo sendo repreendidos, reproduzem esse comportamento como forma de ameaça ou de prazer em ferir.
A maldade continua em casa entre irmãos e também na escola, quando junto a outras crianças , professores e funcionários da escola, desferindo mordidas, empurrões, bater no rosto, puxar cabelo, depreciar o outro com xingamento ou desprezo, jogar objetos em manifestações de birra ou simplesmente para quebrar e destruir o que for do outro. Algumas vezes, verificamos que esses comportamentos envolvem também práticas violentas com animais, como por exemplo, puxar o cachorro pelo rabo, bater com objetos no animal, tentar furar os olhos do gato, enterrar um animal vivo, etc . O mesmo acontece com as plantas, ao arrancar as folhas e galhos toda vez que passa perto de uma planta ou árvore, esmagar uma flor e pisotear um jardim. E na fase adulta cometem maldades como queimar mendigos e animais vivos, trotes humilhantes e assassinatos no trânsito sem nem mesmo olhar para trás.
Muitas vezes achamos que são atitudes normais de criança ou competição para conquistar seu espaço e, em alguns casos podem até ser, mas quando são atos repetitivos e/ou violentos é preciso ficar atento e conduzir essa energia de maneira que seja produtiva e que possa gerar sociabilidade, comprometimento saudável e prazer no convívio com outro ser humano.
Os sentimentos de inveja, raiva, preconceito, irritabilidade, intolerância e impaciência são sinais de alerta para que a criança seja ouvida e avaliada com atenção. Não se deve deixar que pessoas sem formação profissional façam uso de rótulos de possíveis problemas emocionais ou de anormalidade para com essa criança. Sempre buscar a orientação de um Psicólogo para a avaliação, orientação correta e tratamento terapêutico. Pode existir traços hereditários que se bem conduzidos, principalmente com o comprometimento dos pais e professores podemos conseguir êxito total.
A carência afetiva, privação de necessidades básicas, agressões físicas e abusos sexuais podem contribuir _ (não categoricamente) _ para o potencial elevado de atitudes agressivas com a finalidade de ser notado no grupo ou então, ao contrário, quando há inibição de comportamentos e emoções em que uma hora poderá se manifestar de forma violenta num gesto de explosão, como forma de vingança por tudo que passou.
Essas manifestações podem acontecer na infância, adolescência ou na fase adulta e a pessoa que era considerada tranquila e pacata pode agora ser um delinquente, onde essas mágoas se manifestam como surtos psicóticos . Estavam guardadas, represadas e foram repensadas de muitas maneiras e por muitos anos até que, de repente, a pessoa pratica atos de profunda maldade e muitas vezes, comete suicídio em seguida. Existem 3 fatores importantes a serem considerados e que geralmente estão presentes no diagnóstico de um Psicopata que são:
1- a presença de uma lesão cerebral,
2- uma doença mental (esquizofrenia é a mais comum)
3- abuso infantil.
O que é um SOCIOPATA?
A sociopatia é um distúrbio de personalidade antissocial. Não tem cura, no entanto os seus efeitos podem ser controlados através da psicoterapia e da prescrição de medicamentos. A sociopatia funcional indica ser uma situação sob controle, ou seja, os efeitos da doença em alguns casos, até permitem sua interação com outras pessoas. Um sociopata não tem apego aos valores morais e é capaz de simular sentimentos, fingir para conseguir manipular outras pessoas. Além disso, a sua incapacidade de controlar suas emoções negativas torna muito difícil estabelecer um relacionamento estável com outras pessoas. Eles podem tornar-se perigosos ao exibir comportamentos criminosos, organizando e liderando seitas fanáticas ou prejudicando todos a sua volta e a si próprios.
Como reconhecer e identificar um sociopata?
Muitos de nós podemos, em algum momento, ter algum dos traços de sociopatia, porém o que difere entre ser normal e sociopata é a intensidade com que os traços de personalidade se manifestam.
1- Os sociopatas são na maioria das vezes, muito charmosos e carismáticos. Eles tendem a ter uma forte energia sexual, fetiches estranhos e a serem viciados em sexo. São muito bons de lábia, usam muito bem a linguagem a favor deles ou para contar histórias mirabolantes que prendem a atenção de todos.
Os sociopatas têm delírios de grandeza e acham que merecem obter um tratamento especial pelas pessoas. Eles acreditam ser os donos da verdade e a opinião dos outros não significa nada para eles. É raro ver sociopatas tímidos ou inseguros. Eles têm dificuldade em controlar reações emotivas como raiva, impaciência ou frustração, e estão constantemente descontando nos outros as emoções negativas que sentem.
2- Os sociopatas são espontâneos e ousados. Acham que as normas sociais não são para eles e cometem atitudes bizarras e revoltantes sem pensar nas consequências. Encontramos sociopatas no mundo do crime, apesar do fato de que nem todos são criminosos violentos, na maioria das vezes são estelionatários, cleptomaníacos e mestres na arte da mentira. Eles inventam histórias esquisitas e declarações falsas e conseguem ser convincentes através da confiança que passam e da costumeira assertividade que possuem.
3- Os sociopatas têm perfis de líderes. São dominadores e conseguem manipular e atrair grupo de seguidores, quase sempre de pessoas que tendem a ser mais fracas e passivas, que foram conquistadas pelo charme irresistível do sociopata. Não conseguem sentir culpa ou vergonha pelas suas atitudes e raramente se desculpam pelos erros cometidos , sem se importarem com as consequências emocionais, físicas ou financeiras causadas por suas atitudes. Eles traem, ameaçam e prejudicam as pessoas à sua volta sem sentir um pingo de remorso. Os sociopatas simplesmente não sabem e nem conseguem amar alguém. Vivem de maneira bastante conturbada e só se importam em atingir os próprios objetivos e fingem compaixão para chegar onde querem porém, são incapazes de sentir compaixão.
4- Fique longe de um sociopata. Fique atento para que um sociopata não venha fazer parte da sua família ou não ser alguém que você ama, pois são muito convincentes. Se perceber que a pessoa tem esses traços, não mantenha contatos e evite situações ou lugares nos quais você possa encontrá-lo. Caso ele insistir em manter contato, fale com jeito e diga que precisa de um tempo para refletir e ficar sozinho. Peça que ele/ela parar de contatar você. Se a pessoa não colaborar e continuar perturbando você, mude o seu número de telefone , o endereço de e-mail e até o endereço residencial se for preciso. Se continuar perseguindo, procure um advogado para entrar com uma ação cautelar (a pessoa é impedida por lei de contatar você ou de se aproximar).
5- Não enfrente um sociopata. Lembre-se que um sociopata se irrita facilmente, que não gosta de perder a liderança e que fica sempre na defensiva. Tem sempre argumentos para convencer e tendência a partir para a violência. Não corra perigo. Peça ajuda a amigos e parentes para diminuir as chances de que o sociopata possa reagir e agredir você fisicamente. Se não tiver como evitar a presença dele, não faça acusações ou nem mencione um episódio específico no qual o sociopata agiu errado, para não irritá-lo. Ao invés disso, na frente dele, seja mais impessoal e demonstre uma preocupação sincera pela saúde dele/dela e na primeira oportunidade procure ajuda.
6- Se a pessoa com quem você está lidando é da família e se mostrar extremamente violenta ou resistente à mudanças no próprio comportamento, é o caso de pedir um mandato judicial que force a pessoa a procurar tratamento, mas não fale para ele que vai tomar essa atitude, principalmente se for num momento de discussão. Espere acalmar, não retruque e procure ajuda na primeira oportunidade.
7- Encaminhe-o a um profissional , Psicólogo ou Psiquiatra, para um diagnóstico preciso e para ajudá-lo com esse distúrbio.
A relação entre Maldade e Empatia, nos Psicopatas
A empatia é uma válvula de segurança, uma capacidade natural que temos de identificar o que outra pessoa está pensando ou sentindo e responder com uma emoção apropriada que pode ser de tristeza ou alegria, ativando então a empatia. É também essa habilidade que atua quando se freia um instinto de agredir alguém indefeso ou impedir um terceiro de agir assim, prevendo o sofrimento da vítima. “Maldade é falta de empatia. Você causa mal a alguém porque não está preocupado se a pessoa vai se machucar fisicamente ou emocionalmente”, diz o psiquiatra Fábio Barbirato, da Santa Casa do Rio de Janeiro.
Quando há lesão em áreas como no córtex pré-frontal medial, que é o controlador dos impulsos, perde-se reações involuntárias como o aumento de batimentos cardíaco e suor na mãos, que são reações normais que temos ao presenciarmos cenas fortes de violência. E quando a lesão ocorre, a dor do outro deixa de ser processada da forma normal, ficando insensível.
Já a parte anterior da ínsula (glândula que entre outras funções, coordena as emoções) é ativada tanto quando sentimos dor ou quando vemos alguém sofrer um estímulo doloroso. E o Psicopata por ter lesão nessa área não sente compaixão perante situações de emoções.
Nos psicopatas a empatia é zero. Eles não são contagiados pelas emoções alheias e não sofrem remorso. “Há uma área do cérebro abaixo da órbita do olho que integra o caráter. Nos psicopatas, indivíduos que têm defeito na empatia, essa área não se formou direito”, diz a especialista em psicopatia Hilda Morana, doutora em psiquiatria pela Universidade de São Paulo. Mas eles não são os únicos. Há outros diagnósticos associados ao nível zero, entre eles o Transtorno Borderline, de pessoas desreguladas emocionalmente, com tendência a comportamentos agressivos — essas também têm padrões diferentes no circuito da empatia.
Um pouco acima do nível zero estão pessoas que podem ser capazes de machucar as outras, mas sentirão remorso depois. É o caso daqueles que explodem facilmente durante discussões, chegando à agressão. Nesse caso, o circuito cerebral não funciona suficientemente para inibir os impulsos violentos e a pessoa não percebe estar passando do limite. Num nível ligeiramente acima, a pessoa freia a violência, mas não aquelas situações constrangedoras que podem ofender alguém com palavras ou gestos.
Esses são o que despertam a zona de alarme para se procurar um Psicólogo antes que os sintomas se agravem podendo fugir dos padrões esperados de normalidade.
O nível de empatia, no entanto, não é determinado no momento do nascimento. “Há uma interação de fatores sociais com causas genéticas que ainda estão sendo investigadas”, diz o indiano Bhismadev Chakrabarti, Ph.D. pela Universidade de Cambridge
De acordo com Dr.Robert Hare, autoridade mundial em psicologia criminal e professor da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), a única característica inconfundível de um psicopata é, exatamente, “a falta de emoções, da capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa para, pelo menos, imaginar seu sofrimento”. Dr. Hare também acrescenta que um psicopata procura entrar na mente das pessoas até tentar imaginar o que elas pensam, mas nunca conseguirá chegar a entender como elas se sentem. Demonstrou-se, inclusive, que um psicopata pode chegar a se relacionar social ou intelectualmente, mas sempre vendo as pessoas como objetos, isto é, retiram do outro seus atributos de pessoa para considerá-lo como coisa.
O Dr. Hare com base na revisão de registros penitenciários e de entrevistas realizadas com criminosos, concluiu que esse tipo de personalidade pode ser avaliado por meio de uma lista de 20 características ou sintomas:
Características interpessoais:
1- Loquacidade . (Eles têm uma boa oratória e charme. São simpáticos e conquistadores).
2- Sensação grandiosa de autoestima.(Têm uma autoestima exagerada. Se acham melhores que os outros).
3- Mentira patológica. (São mentirosos patológicos. Mentem principalmente para conseguir benefícios ou justificar suas condutas).
4- Manipulação. (Têm comportamento manipulador. E, como são espertos, os outros não percebem esse comportamento psicopata).
Características Afetivas:
5- Falta de remorso e de sentimento de culpa. (Não sentem remorso ou culpa. Nunca ficam em dúvida).
6- Afetos pouco profundos. (Quanto à afetividade, são frios e calculistas. Não sentem emoções, mas conseguem simular sentimentos se for necessário enganar).
7- Insensibilidade. (Não sentem empatia. São indiferentes. E até podem manifestar crueldade).
8- Incapacidade de aceitar a responsabilidade pelas próprias ações. (Não aceitam que cometem erros e não assumem a consequência de seus atos. Eles raramente procuram ajuda psicológica, porque acham que o problema é sempre dos outros).
Características de Estilo de Vida:
9- Vida parasita. (Gostam de estilo de vida parasitário, vivem isolados).
10- Falta de controle comportamental.(Agem e vivem descontroladamente).
11- Impulsividade. (Eles se comportam impulsivamente. Com ações recorrentes que não são premeditadas, junto com a falta de compreensão das consequências de suas ações).
12- Falta de metas realistas no longo prazo.(Não têm metas a longo prazo. Vivem como nômades, sem direção).
13- Irresponsabilidade.(Não levam nada a sério, não se preocupam com nada e nem ninguém).
14- Egocêntricos .(Necessitam de estímulo constante. Ficam aborrecidos facilmente).
Características Antissociais
15- Problemas precoces de comportamento. (Demonstram problemas de conduta desde a infância).
16- Delinquência juvenil.(Tendem a praticar delitos na juventude).
17- Várias relações maritais breves. (Acumulam muitos casamentos de curta duração. Não se comprometem por muito tempo para não ter que manter nenhum vínculo).
18- Conduta sexual promiscua. (Têm tendência a uma vida sexual promíscua, com vários relacionamentos breves e ao mesmo tempo. Gostam de falar sobre suas conquistas e proezas sexuais).
19- Versatilidade criminal.(Eles têm versatilidade para a ação criminal. Eles preferem golpes e delitos que requerem a manipulação de outros).
20- Revogação da liberdade condicional.(Tiveram a revogação de sua liberdade condicional).
O Dr.Michael Stone é um Psiquiatra-Forense, estudioso e especialista em assuntos sobre a maldade humana. Ele classificou a maldade em 22 níveis e desenvolveu uma escala onde classifica assassinos, psicopatas e sociopatas de acordo com os crimes cometidos, o teor de crueldade, torturas e brutalidades usadas no crime. A escala varia desde o homicídio justificado como auto-defesa passando por assassinatos com crimes passionais, estupro prolongado até crimes com tortura . São níveis que vão aumentando conforme a gravidade do ocorrido e do grau de perversidade usado para cometer o crime.
Como se classifica a Maldade Humana
O estudo tem como objetivo entender o que motiva e impulsiona essas atrocidades, considerando o contexto social e traumas psicológicos.
Alguns dos serial Kellers considerados extremamente violentos, foram analisados e não estavam em nível alto na escala, ou seja cometem o crime como forma de vingar algo que em sua mente precisa ser resolvido e feito justiça com as próprias mãos, mas não usam de torturas ou esquartejamentos.
Já, outros que cometeram crimes não tão violentos ,estavam num nível alto da escala. Isso se dá em relação às atitudes cometidas perante o fato e, quando avaliados em sua personalidade , alguns deles até ultrapassavam o nível mais alto da escala como assassinos delirantes, frios e calculistas o que vem comprovar que nem sempre o crime e a maldade empreendida dependem do fato e sim, muitas vezes, são crimes hediondos onde a maldade é por pura maldade, pelo prazer em exterminar .
São mentes perversas levadas ao extremo e que vivem no limite entre o imaginário e o real, instigadas por convicções irreais ou atormentados por vozes. Os Psicopatas são desprovidos de medo e a ausência dessa emoção os deixa sem preocupação com desaprovação social ou com senso do bem ou do mal. Podem matar seguidas vezes e não demonstram inibição em cometer crimes.
Scale of Human Evil (Escala da Maldade Humana) - Dr. Michael Stone
1 - Aqueles que matam em legítima defesa, e que não apresentam traços de psicopatia (são pessoas normais)
2 - Os amantes ciumentos que cometeram assassinato; embora egocêntrico ou imaturo, não são psicopatas (são pessoas normais)
3 - Cúmplice de assassinos: pessoas de personalidade distorcida, traços anti-sociais
4 - Aqueles que matam em legítima defesa , mas provocam suas vítimas ao extremo, antes de matar.
5 - Pessoas traumatizadas, desesperadas que mataram parentes abusivos ou outras pessoas, mas que mostram remorso por seus crimes e não são psicopatas.
6 - Pessoas impetuosas, assassinos de cabeça quente, que matam em ataques de fúria, mas sem traços de psicopatia.
7 - Pessoas narcisista-psicóticos, que se acham melhores que todos, mas não são psicopatas, que matam pessoas próximas a eles por motivos torpes.
8 - Pessoas não-psicopatas com raiva latente. Estão sempre mal-humorados e com raiva de tudo e todos, e que matam quando a raiva é inflamada.
9 - Os amantes ciumentos e violentos com características claras para desenvolver psicopatia .
10 - Killers, eliminam pessoas que podem atrapalhar como testemunhas. Extremamente egocêntricos, mas não são psicopatas
11 - Psicopatas que matam pessoas que estão em seu "no caminho", tais como amigos próximos ou até mesmo membros da família.
12 - Psicopatas sedento de poder, megalomaníacos que matam quando estão "encurralados".
13 - Psicopatas de personalidade violenta e bizarra, assassinos que estão sempre em crise, cheios de ódio e com comportamentos inadequados , sendo a raiva o motivo de suas mortes.
14 - Psicopatas impiedosamente maquinadores, egocêntricos e autocentrados que matam para beneficiar-se, planejam e montam o esquema.
15 - Psicopatas que cometem matanças desenfreadas . Planejam os assassinatos a sangue frio. Podem formar grupos (assassinos múltiplos)
16 - Psicopatas que cometem vários atos viciosos, com repetidos atos de violência extrema.
17 - Psicopatas sexualmente perversos que cometem crimes em série com torturas. O estupro é o principal motivo. A vítima é morta para esconder evidências.
18 - Psicopatas assassinos torturadores, onde o assassinato é o principal motivo e a vítima é morta depois de uma tortura não prolongada.
19 - Psicopatas que fazem terrorismo, subjugação, intimidação e estupro, mas que não cometem assassinato.
20 - Psicopatas assassinos torturadores , onde a tortura é o principal motivo, mas são pessoas com psicoses distintas (como esquizofrenia).
21 - Psicopatas torturadores que não matam suas vítimas, mas cometem tortura extrema, até o último limite.
22 - Psicopatas assassinos torturadores, onde a tortura é o principal motivo e matam suas vítimas. Na maioria dos casos, o crime tem um fator de motivação sexual, algumas vezes por motivos inconsciente.
Como se diferem os Psicopatas
O psiquiatra norte-americano Hervey M. Cleckley, pioneiro na pesquisa sobre psicopatia, identificou quatro subtipos diferentes de psicopatas:
Os PSICOPATAS PRIMÁRIOS não respondem ao castigo, à apreensão, à tensão e nem à desaprovação. Parecem ser capazes de inibir seus impulsos antissociais quase todo o tempo, não devido à consciência, mas sim porque isso atende ao seu propósito naquele momento. As palavras parecem não ter o mesmo significado para eles que têm para nós. Não têm nenhum projeto de vida e parecem ser incapazes de experimentar qualquer tipo de emoção genuína.
Os PSICOPATAS SECUNDÁRIOS são arriscados, mas são indivíduos mais propensos a reagir frente a situações de estresse, são beligerantes e propensos ao sentimento de culpa. Os psicopatas desse tipo se expõem a situações mais estressantes do que uma pessoa comum, mas são tão vulneráveis ao estresse como a pessoa comum. São pessoas ousadas, aventureiras e pouco convencionais, que começaram a estabelecer suas próprias regras do jogo desde cedo. São fortemente conduzidos por um desejo de escapar ou de evitar a dor, mas também são incapazes de resistir à tentação.
Tanto os psicopatas primários como os secundários estão subdivididos em:
PSICOPATAS DESCONTROLADOS: são os que parecem se aborrecer ou enlouquecer mais facilmente e com mais frequência do que outros subtipos. Seu delírio se assemelhará a um ataque de epilepsia. Em geral também são homens com impulsos sexuais incrivelmente fortes, capazes de façanhas assombrosas com sua energia sexual. Também parecem estar caracterizados por desejos muito fortes, como o vício em drogas, a cleptomania, a pedofilia ou qualquer tipo de indulgência ilícita ou ilegal.
PSICOPATAS CARISMÁTICOS: são mentirosos, encantadores e atraentes. Em geral são dotados de um ou outro talento e o utilizam a seu favor para manipular os outros. São geralmente compradores e possuem uma capacidade quase demoníaca de persuadir os outros a abandonarem tudo o que possuem, inclusive suas vidas. Com frequência, esse subtipo chega a acreditar em suas próprias invenções. São irresistíveis.
**As torturas usadas por eles vão desde amedrontar com palavras e gestos violentos, com uso de arma ou aparelhos de tortura, chegando a confinamentos, privações, estupros, afogamentos, queimaduras e terminam com esquartejamento, mutilações e até canibalismo.
*** A Psicopatia ainda se encontra invisível na Justiça brasileira, não há uma delimitação criminalística de atuação severa neste ramo. Nossas leis são muito brandas e impera a impunidade e o paternalismo na maioria dos casos. O próprio ramo de Psicologia Criminal ainda é escasso se comparado à necessidade da demanda criminal no Brasil. A psiquiatria em nosso país é pouco procurada, com pouquíssimos profissionais e as instituições universitárias eram, como ainda são, numericamente escassas e concentradas geograficamente.