Cientistas descobrem elemento que destrói o Alzheimer em laboratório
A gente já sabe que algumas substâncias, como o café e a maconha, podem ser eficazes na prevenção do Alzheimer. Algumas práticas também ajudam a prevenir o mal, como dormir bem, ter atitudes positivas e não ter medo de envelhecer.
Todas essas descobertas ajudam a entender um pouco melhor como funciona o nosso cérebro e ajudam a preservá-lo. Mas, até agora, os pesquisadores não descobriram como fazer para reverter as doenças que o degradam
Pesquisadores do Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia, da Coreia do Sul, encontraram um elemento que pode reverter o Alzheimer. Os experimentos foram bem-sucedidos em ratos.
O composto químico é o EPPS, bem parecido com a taurina, aminoácido usado nas bebidas energéticas. Quando ele foi adicionado à água de ratos que apresentavam sintomas de Alzheimer, os animais apresentaram melhor desempenho nos testes de labirinto e de comportamento, em relação aos que estavam doentes e não tomaram a substância, no grupo de controle.
A gente já sabe que algumas substâncias, como o café e a maconha, podem ser eficazes na prevenção do Alzheimer. Algumas práticas também ajudam a prevenir o mal, como dormir bem, ter atitudes positivas e não ter medo de envelhecer.
Mas como funciona?
Uma das hipóteses para a deterioração mental está relacionada aos beta-amilóides, proteínas que grudam na parede do cérebro, dificultando a comunicação nervosa. O que os pesquisadores verificaram é que estas placas podem ser destruídas mesmo depois de formadas.
Quando eles avaliaram como o cérebro dos ratos tinha se comportado sob influência do EPPS, viram que essas placas de proteína tinham diminuído consideravelmente e, sob doses elevadas, elas até mesmo sumiram. Num nível molecular, a substância se liga aos beta-amilóides e os desagrega, convertendo-os em moléculas mais simples.
E nos humanos, como fica?
Nos humanos, a doença atua de forma bem mais complexa do que nos ratos de laboratório, que tem as proteínas "colantes" injetadas pelos pesquisadores. Em nós, os beta-amilóides vão se aglutinando durante longos períodos de tempo e, por isso, têm uma degeneração mais incrustada e difícil de reverter. Apesar dessa diferença considerável, o composto é uma boa pista e novas pesquisas devem fornecer mais respostas sobre sua atuação nestas placas que se acumulam no cérebro.
"Eu não acredito que o EPPS ou outras drogas de compensação dos amilóides farão pacientes de Alzheimer recuperarem seus cérebros danificados" disse o lider da pesquisa YoungSoo Kim, ao jornal britânico The Guardian. " No entanto, acredito fortemente que essas drogas podem frear a neuro degeneração e salvar da morte."Ainda não se sabe como o composto atua no organismo nem se trará os mesmos benefícios cognitivos. O estudo foi publicado na revista Nature.
Outra pesquisa : Mutação genética ligada ao Alzheimer
Um grupo de cientistas descobriu uma estranha mutação genética que parece triplicar o risco de desenvolver Alzheimer e proporciona importantes pistas sobre como funciona esta enfermidade, incurável até o momento(2017).
Cientistas de duas equipes independentes chegaram ao mesmo resultado, publicado em dois estudos da revista médica semanal New England Journal of Medicine. De acordo com as pesquisas, uma mutação do gene TREM2, que ajuda a controlar as respostas do sistema imunológico é de três a quatro vezes mais frequente nos pacientes idosos com Alzheimer que nos que não sofrem a doença.
A característica do Alzheimer é a acumulação de placas e emaranhados no tecido cerebral. Nos corpos normais, sem a doença, as moléculas inflamatórias do sistema imunológico ajudam a limpar esta acumulação antes de ela se converter em um problema.
A função do gene TREM2 é manter a resposta inflamatória sob controle, para evitar que as moléculas inflamatórias danifiquem o tecido saudável, mas a pesquisa preliminar indicou que a mutação do TREM2 poderia pôr o gene para funcionar em pleno vapor, impedindo as moléculas inflamatórias de fazerem seu trabalho.
"Enquanto a mutação genética que encontramos é extremamente rara, seu efeito no sistema imunológico é um forte indicador de que este sistema pode ser chave na enfermidade", disse a pesquisadora da University College de Londres, Rita Guerrero, autora principal de um dos estudos.
A mutação foi encontrada em menos de uma em 200 pessoas no total e em menos de um em cada 50 pacientes com Alzheimer, o que significa que não é provável que, por si só, seja suficiente para causar a enfermidade.
Acredita-se que uma combinação de fatores ambientais e hereditários contribuem para o desenvolvimento do Alzheimer. Contudo, os pesquisadores disseram que identificar esta mutação e seu possível papel no desenvolvimento do Alzheimer é um passo na direção correta.
"Este é um passo importante para descobrir as causas ocultas da enfermidade, para que possamos desenvolver tratamentos e intervenções para pôr fim a um dos maiores problemas de saúde do século XXI", disse Peter St. George-Hyslop, da Universidade de Toronto.
Outro dos principais pesquisadores, Kevin Morgan da Universidade de Nottinghan, disse que "o risco associado a esta nova variante é o maior até o momento e anuncia uma nova era na pesquisa genética (do Mal de Alzheimer)".
"Finalmente estamos começando a presenciar importantes avanços que, com sorte, terão como resultado o desenvolvimento de terapias para ajudar a aliviar esta condição devastadora", acrescentou.
Os cientistas disseram que, potencialmente, poderiam desenvolver novos medicamentos para controlar o gene TREM2 e impedir que interfira excessivamente na resposta inflamatória.Um dos estudos foi realizado por uma equipe internacional de pesquisadores com base na Grã-Bretanha, Canadá e Estados Unidos, utilizando uma base de dados de 25.000 pessoas.
O outro foi realizado por pesquisadores da Islândia, que utilizaram dados de 2.261 idosos do país e logo confirmaram os resultados com mostras representativas da população nos Estados Unidos, Noruega, Países Baixos e Alemanha.
** IMPORTANTE : Reposição hormonal para mulheres com Alzheimer
Um outro estudo sugere também a redução da doença por volta de 40%, onde a reposição hormonal ajuda a frear os riscos de surgimento da doença de Alzheimer. Como toda pesquisa desenvolvida para essa doença, até o momento nada é totalmente considerado como solução ou alternativa, porém tudo deve ser conversado com seu médico particular que conhece seu caso e pode opinar com mais presteza e segurança.
Segundo pesquisa publicada no periódico "Neurology", da Academia Americana de Neurologia, a terapia hormonal, indicada para tratar os sintomas da menopausa (como as ondas de calor), reduz em 30% o risco desse tipo de demência. O benefício, porém, só foi observado quando introduzido no tratamento cinco anos após a menopausa. Segundo César Fernandes, presidente da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), a terapia hormonal já mostrou efeito protetor semelhante, nesse mesmo período, para osteoporose.
Curiosamente, o risco de Alzheimer aumentou entre as mulheres que começaram a fazer a reposição de estrogênio e progesterona mais tarde, após os 65 anos.
O estudo mais conhecido sobre o tema é o Women Health's Initiative, de 2002, que mostrou que a reposição aumenta riscos de câncer da mama e de doenças cardiovasculares.
A relação entre reposição hormonal e Alzheimer também é controversa.
A observação de pacientes que tomavam hormônios sugeria uma redução do risco da doença, mas estudos mais controlados sugeriram o contrário.
Por isso, pesquisadores resolveram investigar se esse risco está ligado ao momento em que as mulheres começaram a fazer a reposição.
Para o estudo, foram acompanhadas, por 11 anos, 1.768 mulheres do Estado de Utah (EUA), com mais de 65 anos. As participantes deram informações sobre o uso de terapia hormonal e o ano em que a menopausa começou -do total, 1.105 fizeram a reposição de hormônios e 176 tiveram alzheimer, sendo 87 do grupo que fez a reposição e 89 do que não usou a terapia.
Victor Henderson, médico da Universidade Stanford, disse em comentário que acompanha a pesquisa que mais pesquisas são necessárias para que os profissionais possam fazem novas recomendações quanto à terapia hormonal.
De acordo com Sonia Brucki, coordenadora do Departamento de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, já se sabe que o estrógeno tem efeito protetor no sistema vascular e, em estudos in vitro, o hormônio aumentou o brotamento neural. "Ainda não está claro o papel do estrógeno na gênese ou na proteção do Alzheimer, e não é possível pensar que a terapia possa ser indicada para esse fim", diz Brucki.
**Saiba mais sobre o Alzheimer- Ajuda prática para familiares e cuidadores
http://luizagosuen.blogspot.com.br/2015/01/alzheimere-o-tempo-levou-minha-historia.html
http://luizagosuen.blogspot.com.br/2015/02/pesquisa-recente-traz-esperanca-para.html
Nos humanos, a doença atua de forma bem mais complexa do que nos ratos de laboratório, que tem as proteínas "colantes" injetadas pelos pesquisadores. Em nós, os beta-amilóides vão se aglutinando durante longos períodos de tempo e, por isso, têm uma degeneração mais incrustada e difícil de reverter. Apesar dessa diferença considerável, o composto é uma boa pista e novas pesquisas devem fornecer mais respostas sobre sua atuação nestas placas que se acumulam no cérebro.
O outro foi realizado por pesquisadores da Islândia, que utilizaram dados de 2.261 idosos do país e logo confirmaram os resultados com mostras representativas da população nos Estados Unidos, Noruega, Países Baixos e Alemanha.
** IMPORTANTE : Reposição hormonal para mulheres com Alzheimer
Um outro estudo sugere também a redução da doença por volta de 40%, onde a reposição hormonal ajuda a frear os riscos de surgimento da doença de Alzheimer. Como toda pesquisa desenvolvida para essa doença, até o momento nada é totalmente considerado como solução ou alternativa, porém tudo deve ser conversado com seu médico particular que conhece seu caso e pode opinar com mais presteza e segurança.
Segundo pesquisa publicada no periódico "Neurology", da Academia Americana de Neurologia, a terapia hormonal, indicada para tratar os sintomas da menopausa (como as ondas de calor), reduz em 30% o risco desse tipo de demência. O benefício, porém, só foi observado quando introduzido no tratamento cinco anos após a menopausa. Segundo César Fernandes, presidente da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), a terapia hormonal já mostrou efeito protetor semelhante, nesse mesmo período, para osteoporose.
Curiosamente, o risco de Alzheimer aumentou entre as mulheres que começaram a fazer a reposição de estrogênio e progesterona mais tarde, após os 65 anos.
O estudo mais conhecido sobre o tema é o Women Health's Initiative, de 2002, que mostrou que a reposição aumenta riscos de câncer da mama e de doenças cardiovasculares.
A relação entre reposição hormonal e Alzheimer também é controversa.
A observação de pacientes que tomavam hormônios sugeria uma redução do risco da doença, mas estudos mais controlados sugeriram o contrário.
Por isso, pesquisadores resolveram investigar se esse risco está ligado ao momento em que as mulheres começaram a fazer a reposição.
Para o estudo, foram acompanhadas, por 11 anos, 1.768 mulheres do Estado de Utah (EUA), com mais de 65 anos. As participantes deram informações sobre o uso de terapia hormonal e o ano em que a menopausa começou -do total, 1.105 fizeram a reposição de hormônios e 176 tiveram alzheimer, sendo 87 do grupo que fez a reposição e 89 do que não usou a terapia.
Victor Henderson, médico da Universidade Stanford, disse em comentário que acompanha a pesquisa que mais pesquisas são necessárias para que os profissionais possam fazem novas recomendações quanto à terapia hormonal.
De acordo com Sonia Brucki, coordenadora do Departamento de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, já se sabe que o estrógeno tem efeito protetor no sistema vascular e, em estudos in vitro, o hormônio aumentou o brotamento neural. "Ainda não está claro o papel do estrógeno na gênese ou na proteção do Alzheimer, e não é possível pensar que a terapia possa ser indicada para esse fim", diz Brucki.
**Saiba mais sobre o Alzheimer- Ajuda prática para familiares e cuidadores
http://luizagosuen.blogspot.com.br/2015/01/alzheimere-o-tempo-levou-minha-historia.htmlhttp://luizagosuen.blogspot.com.br/2015/02/pesquisa-recente-traz-esperanca-para.html